O termo Síndrome de Asperger, que se refere a uma condição do espectro autista, não é mais usado em alguns contextos e países. Isso se deve principalmente a mudanças no entendimento médico e social da condição, bem como às atualizações do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria. Vamos explorar essas questões em mais detalhes.
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O que é Síndrome de Asperger?
A Síndrome de Asperger é uma condição do espectro autista que afeta principalmente a capacidade de comunicação e interação social. Pessoas com Asperger muitas vezes têm interesses intensos em tópicos específicos, têm dificuldade em entender as emoções dos outros e podem ter problemas com a linguagem corporal e a expressão facial.
Por que o termo Asperger não é mais usado?
Nos últimos anos, houve uma mudança na forma como a condição é diagnosticada e compreendida. Em 2013, o DSM-5 removeu o diagnóstico de Síndrome de Asperger e o incorporou à categoria geral de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Essa mudança foi feita para enfatizar a natureza contínua do espectro autista e refletir melhor a diversidade de sintomas e severidade que as pessoas com TEA podem apresentar.
Além disso, o termo Síndrome de Asperger foi criado pelo médico austríaco Hans Asperger em 1944, que posteriormente foi descoberto ter colaborado com o regime nazista. Embora as contribuições de Asperger para o campo da psiquiatria sejam reconhecidas, seu papel no regime nazista tem levantado preocupações éticas sobre a utilização de seu nome na descrição de uma condição médica.
O que é TEA?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do desenvolvimento neurológico que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. É caracterizado por diferenças na forma como o cérebro processa informações sensoriais e na forma como as pessoas pensam, aprendem e se comportam. Embora as pessoas com TEA possam compartilhar algumas características, a condição varia amplamente em termos de sintomas e gravidade.
Como a mudança afeta as pessoas com a condição?
Embora a mudança na nomenclatura tenha sido controversa, muitas pessoas com Asperger agora se identificam como tendo TEA. A mudança também teve benefícios práticos, como a garantia de que todas as pessoas com o diagnóstico recebem os mesmos serviços e apoios, independentemente da sua condição ser rotulada como Síndrome de Asperger ou TEA.
Conclusão
Em resumo, o termo Síndrome de Asperger não é mais usado porque foi incorporado à categoria mais ampla de Transtorno do Espectro Autista e porque seu criador, Hans Asperger, colaborou com o regime nazista. Embora a mudança possa ser difícil para algumas pessoas, ela reflete
uma mudança positiva na forma como entendemos e tratamos as condições do espectro autista. As pessoas com Asperger ainda têm acesso aos mesmos serviços e apoios e a mudança ajudou a aumentar a conscientização sobre a natureza contínua do espectro autista.
Se você suspeita que você ou alguém que você conhece possa estar no espectro autista, é importante procurar a ajuda de um profissional de saúde mental qualificado para obter um diagnóstico preciso e discutir opções de tratamento e apoio.